O Ser que busca a humana...

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Eu não sou eu, nem sou você. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o outro. Mário de Sá - Carneiro

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Refletindo

Certa vez aqui no blog fiz um post sobre família, o mesmo teve muitas críticas sobre meu posicionamento e hoje começo a compreender que tinham uma dose de razão. Foi uma época conturbada sentia raiva, ódio pelo que estava acontecendo e eis que teci comentários com grandes dosagens de ressentimento. O ser humano possui suas cóleras, eu tenho muitas, afinal,  não somos perfeitos. Família não escolhemos. É o único conjunto que temos a obrigação de aprender a amar mesmo no desgosto, na insatisfação. E acreditem, eu não queria aprender a ser assim. Independente de sua incompatibilidade de ideia criticar demais nunca faz bem ao nosso crescimento, ao nosso aprendizado. Eu estou aprendendo (tentando) a ser mais compreensiva. E por isso estou sentindo vergonha das vezes em que deixei meu orgulho dominar minha razão. Das vezes que senti raiva dos meus familiares, que não quis incomodá-los com meus tormentos, ou pior, não quis escutá-los, achando que estavam invadindo minha privacidade. Todo mundo erra, eu sempre...Sou uma errante orgulhosa. Mas aos poucos vou aprendendo. Precisava passar por algumas coisas que estou passando, precisava começar a entender o verdadeiro sentido das palavras "reflexão" e "reconhecimento" colocá-las de fato em ação. Precisava sentir esta vergonha perante aqueles que um dia só quiseram me ajudar. Há dentro de mim uma rebeldia descontrolada, horas com razão e horas sem ela, carrego muitos inconformismos que ninguém pode solucionar, somente eu. Possuo uma crítica muito severa com quem me ama de verdade e comigo também. Tenho consciência que na maior parte do tempo quem saiu perdendo fora somente eu. Sei que muitos ficaram chateados, distantes, mas diante de uma paciência e compreensão, entendem que cada um escolhe para onde quer ir e o que seguir. Magoei muitas pessoas com meu jeito isolado, bruto, insano, mas porque tinha/tenho dentro da minha pessoa certezas duvidosas e que raras são as vezes que permite escutar um pouco de sapiência, evitava o sentimento/ educação do amor fraternal. Creio no crescimento, evolução e acredito que estou começando a dar os meus primeiros passos. Confesso que gosto do meu espaço, do meu canto e de uma certa solidão, mas estou ciente que não consegui explicar decentemente esta minha posição para que pudessem respeitá-la. Minha natureza é melancólica. Agradeço a todos os meus familiares que um dia acreditaram e ainda acreditam em mim, mesmo eu afastando-os da minha vidinha mais ou menos.E não estou levantando minha bandeira da bondade, ainda possuo alguns ressentimentos, que estou procurando saná-los, mas estou aprendendo a reconhecer o que foi feito na melhor das intenções. E isso é um processo lento e gradual. Sei que um dia todos irão compreender o meu jeito de ser e eu também irei aprender a compreendê-lo, nem que para isso eu precise morrer e renascer várias e várias vezes.