O Ser que busca a humana...

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Eu não sou eu, nem sou você. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o outro. Mário de Sá - Carneiro

terça-feira, 8 de maio de 2012




E dirigiu-se ao banho. A água quente poderia lavar não somente aquele corpo obeso cheio da poeira mundana, mas todas as suas angústias, dores, calafrios e tudo que aumentava o peso da sua alma. Quem sabe aquela água fervente, que deixava marcas vermelhas por onde escorria, poderia derreter as interrogações, purificar-lhe os sentidos, tornando mais leve? Poderia também ser aquele vapor, aspecto de um ambiente favorável para depositar seus dejetos de pensamentos catastróficos, dos sentidos insentidos, incompletos.
Vivendo sua própria narrativa, deixou que a água lavasse. Permitiu escorrer pelo corpo o que não lhe pertencia. Sentiu a renovação, o frio e o receio das novas sujeiras que encontraria ao sair dali.
Confortou-se com a  possibilidade dos novos banhos. Vestiu-se e viu a vida em quadrados.

domingo, 6 de maio de 2012

Não, ela não queria magoar. Não queria pressionar. Ela só queria planos, daqueles que se fazem juntos. Um sonho compartilhado, uma besteira, um querer, daqueles que se tem em filmes, livros, novelas. E ela sempre cai na real quando não se tem. Ela percebe que isso só se encontra de fato, tão bonito e empolgante, nos filmes, nos livros e nas novelas.
Mas ela sabe que no fundo, ele também tem. Talvez não do mesmo jeito que ela, mas tem.

terça-feira, 1 de maio de 2012

E mudou.
Mudou sua circunferência.
Mudou seus desejos.
Mudou suas atitudes, seus humores, rumores.
Mudou um estilo, um som, um pensar.
Mudou, mudando, mudado mundo.
Mundo, vasto mundo mudado.
Eu ainda sou uma pobre rima e não minha solução.