Ela leu.
Ele leu.
Eles leram...
Um para o outro.
Enlaçados, afagados.
Aquecidos pelo som das próprias vozes.
Sorveram juntos o aroma dos códigos russos.
Riram nas comédias.
Dialogaram nos dramas.
Entreolharam-se nas pausas.
Beijaram-se nas conclusões.
Foram cúmplices, intérpretes, co-autores e leitores.
Ele lia, ela aprendia.
Ela lia, ele se embalava.
Foi por meio dos Contos de Tchekhov que mais admirei a cumplicidade do amor entre duas pessoas.
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