O Ser que busca a humana...

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Eu não sou eu, nem sou você. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o outro. Mário de Sá - Carneiro

domingo, 7 de outubro de 2012

Saudades



Porque  através dela consigo ver-me:

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

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