Ao longe ouço sua voz.
Abstrata como sua imagem.
Concretizo-a na mente.
E na súbita personificação, sinto enlaçar-me, segredar-me, desfrutar-me.
Adentra-me na visão, audição, tato e paladar.
Sou um corpo a desaguar percepções, sentidos, arrepios.
Sou o damasco que exige a boca plena.
A língua delicada, outrora gulosa, que liba o sumo quente, doce, carnal.
Anseio que saia da plenitude abstrata e torne uma constante consumação real.
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