O Ser que busca a humana...

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Eu não sou eu, nem sou você. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o outro. Mário de Sá - Carneiro

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tentei




Páginas rasgadas.

Letras reviradas.

Pensamentos, intenções.

Versos emudecidos, sem musicalidade.

Falta inspiração.

Parcas combinações.

Rimas fracas já não sentem calafrios.

Tenta escancarar sua hipérbole sentimental.

Mas anda tão paradoxal.

Corre na corda bamba da antítese.

Estas figuras não ajudam a triste aspirante.

Invenções para falar sobre o amor.

Suas rimas são pobres, gastas, falhas.

Despista a razão.

Enlouquece os argumentos.

Embriaga-se com vinho barato.

Ouve bolero.

Traga um velho poema de Byron.

Mas o verso enaltecido de amor não lhe vem.

Daqueles sofridos. Piegas. Impactantes.

Não há o vermelho vinho em seus escritos, nem a dor prazerosa em suas letras frasais.

Mas ela ama.

Um tal amado, de um jeito desengonçado.

Sem poemas canonizados.

Seu estilo apessoado é de amores humanizados.

Bem mais fácil ser realizado

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