O Ser que busca a humana...

Minha foto
Eu não sou eu, nem sou você. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o outro. Mário de Sá - Carneiro

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lembrança

Era um corredor escuro, pouco iluminado, mas levava para vários ambientes, pois no seu estreito haviam várias portas dos demais cômodos. Em uma das paredes haviam quadros. E foi justamente na tentativa de lembrar de uma da obras, que começo essa breve nostalgia sobre este espaço, que percorro até hoje, não tão frequente, mas presente ainda em minha vida.

Não me recordo por quantas vezes passei por este corredor, o que tento me recordar é do quadro em preto e branco, com uma mulher com um jarro na cabeça, e não sei ao certo, se havia uma cavalheiro com seu cavalo perto de uma fonte.

As lembranças deste quadro, que por vezes parei para olhá-lo na minha infância que corria naquele corredor, que o transformava em trem com as cadeiras da cozinha, ônibus, ou até mesmo de suporte para um balanço com as mãos, perturbam a minha mente agora, pois a mesma se tornou fumaças de lembranças antigas, meros borrões.

Como eu queria que aquela imagem, aquela, que já parei por um instante para vivê-la, se formasse na minha mente, nítida, real, e me desse novamente o prazer de viajar nas suas várias histórias.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Socorro! Acudam os meus ouvidos

Quando penso que aos sábados e domingos eles estariam em descanso, eis que surgem antes das oito da matina. – Isso mesmo! Antes do horário sugerido, roubando minutos do descanso auditivo, os números politicamente musicalizados.
Surgem numa voz que não se sabe de onde. Os alienados entram sem pedir licença na audição alheia, farreiam nas ruas da cidade, são 13, 45,15 e outros sequenciados, carreados, distorcidos e enigmáticos. Todos na intenção de sensibilizar os ouvidos e depois penetrar nas mentes. É o marketing da politicagem moderna.
Não importa a alegoria, ela vem adesivamente, santificadamente, propositalmente e dissimuladamente nos enchendo com as suas bizarrices musicais. Após longos minutos de TORTURA NUMEROLÓGICA MUSICAL, volto para os meus aposentos aos trancos e barrancos tentando não acompanhar a ladainha, mas fui vencida pelo cansaço. Afinal, água mole pedra dura, tanto bate até que fura!

Produzido em 27/10/2008

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Lareira



Vaguei por algumas vias, adentrei em becos desconhecidos, procurando algum estabelecimento que transformasse minhas palavras em algo concreto. Na paralela da via que estava percorrendo, uma leve fumaça com cheiro de madeira madura, languidamente pegou-me pelas mãos fazendo com que adentrasse naquele recinto.

Não me esqueço e ainda sinto aquele ar morno, o barulho do silêncio, gestos se transformando em códigos para serem interpretados abstratamente. Não se sabiam as origens, somente que ali havia uma Lareira.

Enquanto crepitava a madeira, outro abstrato concretista começara a construir um diálogo e simpaticamente a concretização da palavra ia se fazendo através de algumas identificações de ideais, pensamentos e visões. Por uns instantes, inebriada não só com a fumaça aconchegante, como também no desenrolar das decodificações, temi que tivesse caído no conto da abstração, mas os meus códigos se faziam realmente concretos perante outro ser.

Juntamente com a Lareira, compreensão das palavras proferidas e de um diálogo enriquecedor, que este ser, abstrato concretista, se faz presente até hoje em minhas explanações sobre vida, mundo, pessoas e escritas.
O Planeta Chumbo codifica em um viés abstrato diferente dos Caracteres, mas sua amizade além de continuar a concretizar diálogos pertinentes, solidificou a minha admiração, se fez imortal!

Juliana Barreto

domingo, 18 de julho de 2010

Breve...

Cof...cof...poeiras...teias... mistura de mofo com novas brisas de novidades.

Estou saindo de um ciclo para entrar em outro.

Nova pesquisadora tentando adentrar na minha alma de simples estudante mortal. hahahahaha

domingo, 2 de maio de 2010

Devaneios...

Eu quero uma luz que não produz sombras, para não ter que caminhar com o negrume de minha alma.(Juliana Barreto)

sábado, 24 de abril de 2010

Divagando...2

Noites, galos, quintais...

Há noites, há quintais, mas aqui já não há mais galos para tecer as manhãs.

Nem as penas mais voam sobre nossos olhos e fixam em alguma parte da pele ou roupa

Hoje eles cantam jingles

Falam na linguagem tictaqueana

Não dormem em poleiros...

E são alimentados com recarregáveis

Outros ciscam nas tomadas alheias e ainda se acham no direito de dominar os horários da humanidade!

Juliana Barreto

Divagando...

Depois que formataram a mentira e deram nome NICKNAME, a minha senha sem sonho é impossivel acessar...e eis que várias mentiras se tornam ID, com acesso até sem passaword.Só a minha que sem sonho fica impossivel acessar.
(Juliana Barreto parafraseando uma música do Poca Vogal e H. Gessinger)

terça-feira, 13 de abril de 2010

No trabalho, lendo e Twittando.


fonte




Enquanto trabalho, melhor, estou no trabalho, sozinha, pego aquele livro de capa dura, com folhas amareladas de conteúdo agradabilíssimo. Vou me deliciando, permitindo que a mente entre no gingado da narrativa e me tragam tais versos...


Bahia que me tiveste como filha,
Sou pedaço de Mulata, modelada com mandinga.

O feitiço da minha terra não foi inventado, nem és malcriado.
Ele veio da criação que um certo Deus colocou olhado e virou perfeição.

Aqui não tem Santo fingidor, nem pai ditador.
Só se encontra nessa terra povo respeitado, de cultura nagô.

Aqui também se aprende o BÊ-A-BÁ.
E se algo sai errado.
Baldo chama logo Jubiabá.

Não importa onde esteja.
Há cantos, encantos e magia a sondar-lhe.
Bahia não é para todos, mas mesmo assim não dispensa alegria.

Rima pobre no momento contagia..
São as letras de efeito do
Velho Marinheiro do mar da Bahia.

(Juliana Barreto)

by twitter de @julibarretos


JUBIABÁ - JORGE AMADO

sábado, 10 de abril de 2010



Passe dia, passe...
Hoje vou ficar assim!
Reclamem, reclamem...
Estou olvidada para ouvir!

Não me puxem do abissal.
Não queiram me erguer para ser a tal!
Estou bem assim!
Desfalecida de tudo!
Com vestimentas próprias para dormir...

Juliana Barreto

terça-feira, 6 de abril de 2010

Multiplexada mente agoniada

MOMENTOS transmissões PeNsAmEnToS



eSPAÇOS Sufocados COMPLEXOS
ExTeNsOs DiAs

lágrima REPRIMIDA

R
E
V
O
L
T
A

D
E

V
Á
R
I
A
S




3RR05
S
A
Z
E
T
R
E
C

Dia DIA Passados presentes futuros




Leitura

música

fome

dor

PARE!

volta!?

Tô aqui!

Quem incomoda?

Tu....Tu...Tu...Tu...

desordenadamente


O eco....

...MULTIPLEXADA MENTE AGONIADA!...


E no final....


"Vejo tudo em quadrado...remoto controle!"


BARRETO, Juliana

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O livro do meu momento...

Sempre me interessei por temas como: Ocultismo, misticismo, religiões pagãs. Já fui também estudiosa sobre os assuntos, mas com o tempo fui perdendo o contato com estudos e pessoas que poderiam me instruir nesses caminhos, acabei ficando apenas com as literaturas que sempre nos envolve de uma maneira mágica, não é atoa que os grandes mestres, leitores do mundo e das letras são sábios e mágicos.
Em pleno período pré-recesso da faculdade, precisando apresentar um trabalho que contemplasse Hipertexto, fui à biblioteca para procurar livros a cerca da mulher na literatura e outras teorias.Pensando que já conhecia a maioria dos livros enfileirados naquelas prateleiras, eis que me deparo com o tal livro, o que mexia com a minha imaginação desde a época que queria ser uma fada ou bruxa, mais propriamente dita!
Dentre vários livros que preciso ler, acabei deixando-os de lado para me dedicar a um que há tempos tinha vontade de degustar, e após ver o filme do mesmo, acabou por fim dando mais ânsia de apreciá-lo.

O livro do meu momento é...:

As Brumas de Avalon – Livro um – A Senhora da Magia de Marion Zimmer Bradley.

Referência do livro por The New York Times Books Review:

“__ Uma reimaginação monumental das lendas do Rei Artur… um enternecimento muito profundo e por vezes uma experiência fantástica... Uma façanha impressionante.”

Concordo com a colocação do New York, é um livro profundo, confeccionado com pesquisas minuciosas acerca das lendas do Rei Artur, recontadas de uma maneira intrigante, pelo viés da percepção FEMININA que teve um papel central,prendendo o leitor e transformando - o em parte da história. Neste romance, os heróis são as mulheres. O olhar feminino dá emoção, magia, sensualidade e luz as novas personalidades da novela épica de violência, lealdade e encantamento obsessivos.

Igraine, mãe da Morgana e do Artur, vê seu destino totalmente diferente daquele que estava vivenciando. Através da sua visão de sacerdotisa do reino das brumas, das profecias de sua Irmã Viviane, Senhora do lado e do mago Merlin, acabou aceitando sua missão, mudando o rumo da Bretanha, dando a ela outro rei – Artur, sendo este cristão e pagão ao mesmo tempo e uma nova Sacerdotisa de Avalon - Morgana, mudando preceitos da época em que o cristianismo estava crescendo com total força em um mundo onde druidas, magos, sábios e religiões que cultuavam a Deusa e a natureza, estavam sendo massacrados e difamados como cultos demoníacos. O Deus Uno dos Reis romanos, do patriarcado, era a nova ordem de submissão do povo europeu e da fé, mostrando a mulher como um ser pecador e digno de reprovações e de acusações infundadas.

No centro de A Senhora da Magia, primeiro dos quatro volumes desta saga, está Morgaine, a meia-irmã de Arthur, que se encontra num processo de iniciação para se tornar Grã-Sacerdotisa de Avalon. O seu grande objetivo é afastar a Bretanha da nova religião que encara a mulher como portadora do pecado original, ao mesmo tempo em que desenvolve todos os esforços para colocar o seu meio-irmão no poder, como símbolo e líder da Bretanha unificada, sob a égide de Avalon e da Espada Mágica, Excalibur.*

As Brumas de Avalon narra também o destino das terras que mais tarde seriam a Grã – Bretanha. Com toda a magia e a ressonância das baladas e das lendas antigas, evocando uma Bretanha ao mesmo tempo real e lendária – desde suas desesperadas guerras para sobreviver ante a invasão saxônica, a glória de Camelot e um mundo de paz, até as tragédias que acompanham a morte de Artur e a destruição mítica por ele personificada.

Igraine, Viviane, Guinevere, Morgana. Elas revelam, com suas vidas e sentimentos, a lenda de Artur, como se fosse nova de, ao mesmo tempo, levam o leitor a integra-se na história, de maneira natural e profunda. E nisso dá a atração e o vigor deste livro, bem como uma contribuição brilhante para a literatura do ciclo arturiano.
A obra toda se divide em quatro partes:
Livro 1: A senhora da Magia
Livro 2: A Grande Rainha
Livro 3: O Gamo- Rei
Livro 4: O Prisioneiro da Árvore.

**http://lerparacrer.wordpress.com/2008/01/23/novidade-na-biblioteca-as-brumas-de-avalon-i-a-senhora-da-magia-de-marion-zimmer-bradley/

terça-feira, 16 de março de 2010

Characteris em ação.


Um dia calor, sem lugar para escrever?
Vamos ao BLOG!

Organizar Caracteres é um esforço muito grande e causa gotículas de suor na face, testa, em outros lugares que não vem ao caso suscitar.

Não contando com algumas forças ocultas, resolvi escrever sem ânimo ou ao menos pensando que o mesmo não existia. Enfim... Depois de duas passagens por Blogs pessoais e um para trabalho de acadêmico, eis que resolvo tentar a terceira vez. Só não posso definir ainda se irá vingar, irei apenas deixar fluir.

Engraçado é questionar a minha própria pessoa o que iria escrever, afinal, uma estudante de Letras tem e muito assunto para ser explanado nesse espaço, ainda mais quando o assunto é decodificar, criar caracteres e encontrar sentidos para ele.

Posso então criar um divã virtual e ir postando nele minhas impressões, digressões, críticas, desabafos e todos os “blás, blás, blás” possíveis ou um caderno de caracteres e escrever crônicas, contos, poesias – apesar de gostar mais de lê-las que produzi-las – narrativas bestiais, outras nem tantas, de autorias minhas ou não.
Acredito na versatilidade das coisas.

Esse blog irá permitir isso: o encontro entre os gêneros textuais e virtuais.

Por hoje fica uma possível apresentação de post inicial.

Imagem retirada do seguinte Blog:http://vespo.blogspot.com/2008_07_01_archive.html - Muito bom por sinal.